domingo, 8 de janeiro de 2012

"Pela Pátria" - Poema de António Correia de Oliveira


Wright Barker (British painter, 1864-1941)



Pela Pátria


Ouve, meu Filho: cheio de carinho, 
Ama as Árvores, ama. E, se puderes, 
(E poderás: tu podes quando queres!) 
Vai-as plantando à beira do caminho. 

Hoje uma, outra amanhã, devagarinho. 
Serão em fruto e em flor, quando cresceres. 
Façam os outros como tu fizeres: 
Aves de Abril que vão compondo o ninho. 

Torne fecunda e bela cada qual, 
a terra em que nascer: e Portugal 
Será fecundo e belo, e o mundo inteiro. 

Fortes e unidos, trabalhai assim... 
- A Pátria não é mais do que um jardim 
Onde nós todos temos um canteiro. 


in 'Antologia Poética'


Wright Barker, No Walk Today 


"Se quiser falar ao coração dos homens, há que se contar uma história. Dessas onde não faltem animais, ou deuses e muita fantasia. Porque é assim – suave e docemente que se despertam consciências." - Jean de La Fontaine 
 
 
Jean de La Fontaine por Hyacinthe Rigaud, em 1690


Jean de La Fontaine, escritor francês, nasceu a 13 de julho de 1621, em Château-Thierry, e faleceu a 13 de abril de 1695, em Paris. 
Filho de burgueses, começou por estudar Teologia e Direito, acabando, alguns anos mais tarde e com o apoio de alguns nobres que patrocinavam as artes, por se dedicar à literatura. 
Escreveu poesias, contos e adaptações de comédias populares, tendo travado amizade com autores como Racine, Molière e Boileau. 
Seriam, no entanto, as suas Fábulas Escolhidas (1668-1694), inspiradas nas literaturas clássica e oriental, e sobretudo em Esopo, que lhe trariam a celebridade. 
Das sessenta e nove fábulas que compõem esta recolha, a maior parte põe em cena o mundo dos animais. Estes guardam certas características tradicionalmente atribuídas à respetiva espécie, mas apresentam traços perfeitamente humanos. 
Os escritos de La Fontaine tornaram-se, assim, verdadeiros retratos da sociedade, com todos os seus vícios, diferenças sociais e problemas retratados. 
Autor, entre outras obras, de Adonis (1658), Elégie aux Nymphes de Vaux (1661), Ode au Roi (1663), Les Amours de Psyché et Cupidon (1669), Les Nouveaux Contes (1674), Le Milan, le Roi et le Chasseur (1688) e Les Deux Chèvres (1691), La Fontaine foi, em 1684, nomeado membro da Academia Francesa.

Jean de La Fontaine. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-01-08].

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