sexta-feira, 5 de abril de 2013

"Desinferno II" - Poema de Luiza Neto Jorge


Portrait of Clare Collins, 1927
 
 

Desinferno II


Caísse a montanha e do oiro o brilho 
O meigo jardim abolisse a flor 
A mãe desmoesse as carnes do filho 
Por botão de vídeo se fizesse amor 

O livro morresse, a obra parasse 
Soasse a granizo o que era alegria 
A porta do ar se calafetasse 
Que eu de amor apenas ressuscitaria  
 
 
Luiza Neto Jorge, in “Poesia”



Galeria de Wilfrid Gabriel de Glehn
Wilfrid Gabriel de Glehn, Self-Portrait, 1944


Wilfrid Gabriel de Glehn, Jane de Glehn in her Garden at Stratford Tony


Wilfrid Gabriel de Glehn, Wilfrid de Glehn’s garden at Stratford Tony, Wiltshire


Wilfrid Gabriel de Glehn,  A Distant View of Salisbury


Wilfrid Gabriel de Glehn, Blake's Pool, Stratford Tony, Wilts.


Wilfrid Gabriel de Glehn, Reflets dans l'eau


"A arte não pode ser política, nem sujeição social, nem glosa duma ideia que faz época; nem mesmo pode estar de qualquer forma aliada ao conceito «progresso». É algo mais. É o próprio alento humano para lá da morte de todas as quimeras, da fadiga de todas as perguntas sem solução."- Agustina Bessa-Luís
 

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