segunda-feira, 9 de novembro de 2015

"Silêncio" - Poema de Fernanda de Castro


Leonid Afremov, Loneliness of autumn
 
 

Silêncio

Silêncio, nostalgia... 
Hora morta, desfolhada, 
sem dor, sem alegria, 
pelo tempo abandonada. 

Luz de Outono, fria, fria... 
Hora inútil e sombria 
de abandono. 
Não sei se é tédio, sono, 
silêncio ou nostalgia. 

Interminável dia 
de indizíveis cansaços, 
de funda melancolia. 
Sem rumo para os meus passos, 
para que servem meus braços, 
nesta hora fria, fria?


in "Trinta e Nove Poemas" 


Leonid Afremov, Venice Grand Canal, Oil painting on canvas


"Querer fugir ao vazio e à angústia provocada pelo sentimento de ser livre e de ter a obrigação de tomar decisões, como o que fazer de si mesmo e do mundo ao redor - sobretudo se este estiver enfrentando desafios e dramas -, é o que suscita essa necessidade de distração, motor da civilização em que vivemos."

Mario Vargas Llosa, in “A Civilização do Espetáculo, 2012”


[Jorge Mario Pedro Vargas Llosa, marquês de Vargas Llosa (Arequipa, 28 de março de 1936), é um escritor, jornalista, ensaísta e político peruano, laureado com o Nobel de Literatura de 2010.]


Leonid Afremov, Paris of my Dreams, Oil painting on canvas


"O dinheiro não pode fazer com que sejamos felizes; mas é a única coisa que nos compensa do facto de não o sermos."

(Jacinto Benavente)

[Jacinto Benavente y Martínez (Madrid, 12 de Agosto 1866 — Madrid, 14 de Julho 1954) foi um dramaturgo e crítico espanhol. Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1922.]


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